quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Maquete e Topografia

Recentemente foi-me necessário fazer uma pequena maquete que incluía alguns desníveis no terreno, assim pus-me a pesquisar a melhor forma para fazer este tipo de representação.
Encontrai então num site este método muito interessante. que venho partilhar com aqueles que, como eu ainda andam um pouco a toa com as curvas de nível.

Primeiro passo


A escolha da área – antes de mais nada, é necessário definir qual é a área a ser transformada em maquete. Depois é necessário ter acesso à(s) imagem(s) da área e que contenha as curvas de nível. Em geral temos produzido maquetes nas escalas de 1/50.000, 1/25.000 e eventualmente, 1/250.000 ou 1/400.000. Depende da finalidade a que a maquete se destina após ficar pronta.Caso não haja imagem com curvas de nível, é necessário plotá-las digitalmente ou analogicamente.


Segundo passo


A definição da escala vertical – para que a maquete tenha uma forma semelhante às encontradas na natureza é necessário que a escala vertical, ou seja, a altura da maquete, esteja proporcional a escala horizontal. Para melhor escolher esta escala é necessário fazer perfis em várias escalas para verificar qual é a mais adequada, para não correr risco de haver um exagero vertical ou, pelo contrário, um “esparramento” das elevações. A experiência tem demonstrado que em escalas horizontais de 1/50.000 o ideal é uma escala vertical de 1/40.000, ou seja, uma altura de 1mm é igual a 40 metros, que é a utilizada na maquete em exposição.


Terceiro passo


A preparação do material – o material a ser utilizado é relativamente simples de se encontrar. Antes de tudo é preciso verificar quantas cópias da imagem serão feitas. É necessária uma cópia para cada curva de nível, assim se tem menos trabalho. As cópias devem ser em fotocópias coloridas. As cópias coloridas custam cerca de 15 a 20 vezes mais que as P&B, mas possuem a vantagem de serem muito mais bonitas e eficazes. Para minimizar os custos pode se utilizar a mesma cópia colorida para várias curvas de nível, isto dá mais trabalho e o resultado pode ser de qualidade inferior, caso não haja muito cuidado na hora de cortar e colar. São necessários, ainda:



uma lapiseira de grafite mole (2B ou 6B) 0,5 mm

tubos de cola de isopor (transparente)

tesoura fina (de cotar unhas de bebê, de preferência).

uma ou duas placas de isopor de 10 a 20 mm (para a base)

alguns metros de Indofoam que varia de 0,5 a três mm (uma espécie de manta acrílica que recobre aparelhos de som e TV)



Quarto passo


Redesenhar as curvas de nível – Após definir a área a ser representada é necessário redesenhara s curvas de nível passando a lapiseira ou lápis em cada curva, uma curva em cada cópia (ou no máximo quatro curvas*) de maneira a tornar mais nítida a curva que será recortada posteriormente.

(*) no caso de cópias coloridas pode se marcar até quatro curvas em cada cópia, para baratear os custos. No entanto as curvas devem estar afastadas pelo menos uns três ou quatro centímetros umas das outras.


Quinto passo


Colar a base – a carta a ser representada deve ser colada numa folha de indofoam e a seguir colada numa placa de isopor, pois a demais chapas de cada curva serão coladas nesta base. Deve e deixar espaço nas laterais ou abaixo da carta para colocarmos a legenda ou outras informações.


Sexto passo


Colar as cópias no indofoam – Após redesenhar cada curva é necessário prepará-las para o corte. Para isso faz-se um recorte grosseiro em torno da curva deixando mais ou menos um cm de sobra do papel. A seguir, passa –se cola na cópia, com o cuidado de não encharcar para não molhar a cópia e desmanchar o papel ou por cola de menos e o papel começar a descolar do indofoam. A seguir cola-se a cópia de papel no indofoam e espere-a secar.


Sétimo passo


Recortar as curvas de nível – após ter certeza de que a cola está seca passa a tarefa de recortar as curvas de nível. Basta seguir a curva que está marcada com o grafite, recortando exatamente em coma da curva não deixando nenhum espaço de papel para fora ou cortando por dentro. Quanto mais bem feita for essa etapa, menos problema você terá na hora de colar a chapa cópia-indofoam na base.


Oitavo passo


Colando as chapas na base – depois de recortar a curva de nível você terá uma chapa de papel e indofoam colados. Passe cola na parte de trás, no indofoam, tomando os mesmo cuidados da etapa anterior de colagem e coloque na base, exatamente em cima da curva que você recortou. Quanto mais precisão nesta etapa mais bonita e perfeita será a sua maquete. Repita este processo para cada curva, quando as peças a serem cortadas se tornarem pequenas, passe a trabalhar em sub-áreas dentro da maquete, pois os pedaços pequenos são muito parecidos uns com os outros e se você se distrair nunca mais vai achar onde é que você deve colar tal pedacinho.


Nono passo


O acabamento final – Após colar todas as curvas e o último pedacinho de curva, você deve cobrir a maquete com a cola de isopor, despejando lentamente e ajeitando com o dedo ou pincel para não formar bolhas ou excessos de cola. Com esta técnica você protege a maquete e dá um efeito visual muito bonito, pois a maquete vai parecer “vitrificada”, como se tivesse sido coberto com uma camada de plástico ou vidro.